sexta-feira, 26 de março de 2010

Scrap Metal Artist

For dramatic purposes, I´ll unnecessarily drag this corpse behind the couch so people will wonder for a split second what the hell is going on.

Antes que digam que não há muita coisa a dizer em uma sexta-feira, e por isso inventei bobagens aleatórias, peço paciência. O período acima trata da dicotomia suspensão de descrença x verossimilhança, e queria abordá-la aqui. Além do mais, quem assistir ao episódio de Supernatural Dead Men Don´t Wear Plaid entenderá do que falo, e constatará que meu enunciado em inglês não é tão nonsense assim.

Qualquer pessoa só poderá obter alguma fruição de uma narrativa se se desligar da realidade imediata e aceitar os termos propostos pela obra. Isso se chama suspensão de descrença. No entanto, as proposições têm que seguir algumas regras impostas tacitamente, a fim de não ferir a verossimilhança.

Se não nos espantamos ao ver o Super-Homem voando pelos ceús de Metrópolis em um filme ou nas HQs, isso não quer dizer em absoluto que aceitamos algo inverossímil. Não, pois as regras daquele universo em particular permitem que voos de pessoas aconteçam. No entanto, se vîssemos o Homem de Aço matando várias pessoas com seus poderes kryptonianos, aí sim haveria uma profunda sensação de estranhamento. O Super-Homem não mata. Ponto. Esse é o limite da suspensão de descrença.

No mundo real, as pessoas matam umas às outras. Ouvir que os Nardoni mataram a menina Isabella nos surpreendeu e chocou por alguns dias, até começarmos a contar piadas a respeito. Os homens não voam, não têm super-força e nem salvam vidas.

Quero trocar de mundo.

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